(1º Cântico)
Sou partícula de garoa fina que escoa por veias e veios luminosos
Sou parte deste rumor sem trégua em meio aos estalidos
Pertenço a essa sistemática da pedra modificada
Meu coração é maior que o mundo
Por isso acolhe essa cidade num abraço enternecido
Sou transeunte e organismo intenso no trânsito indelével
Cheiro o ar baço, carregado de óleo Diesel
E o bafio deletério das fumigenas nuvens das fábricas insensíveis
Mas, meu orgulho é de aço, não se aquebranta.
Sou paulista de treze listras na alma
Velando pela vida irrequieta desta flor em movimento
Embora eu seja cigarra cantando para as formigas.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
CÂNTICO
Continuo flutuando barcos,
Usufruindo versos,
Entranhando a noite,
Empunhando arcos,
Quase submerso
Em estálido de açoite.
Continuo capturando motes,
Alimentando o vício,
Apunhalando o demo,
Entornando potes,
Pelo sacrifício
De onda em mar pequeno.
Continuo insinuando amores,
Disseminando o inconcluso,
O que cantando é pleno,
Doído em ardores,
No lirismo escuso
E fogo ateado ao feno.
Continuo imaginado utopias,
Apresentando o gerúndio,
Desapossando o inexato,
Na inexata poesia
Que é meu latifúndio:
Poemas na raiz do asfalto.
24/03/10
Usufruindo versos,
Entranhando a noite,
Empunhando arcos,
Quase submerso
Em estálido de açoite.
Continuo capturando motes,
Alimentando o vício,
Apunhalando o demo,
Entornando potes,
Pelo sacrifício
De onda em mar pequeno.
Continuo insinuando amores,
Disseminando o inconcluso,
O que cantando é pleno,
Doído em ardores,
No lirismo escuso
E fogo ateado ao feno.
Continuo imaginado utopias,
Apresentando o gerúndio,
Desapossando o inexato,
Na inexata poesia
Que é meu latifúndio:
Poemas na raiz do asfalto.
24/03/10
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